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Blogs dos Departamentos de Letras Orientais e Eslavas
Departamento de Letras Orientais e Eslavas
Chefe: Profa. Dra. Cláudia Andréa Prata Ferreira
Subchefe: Prof. Dr. Leopoldo Osório Carvalho de Oliveira
Telefones: (21) 2598-9792 / (21) 2598-9726 (tel/fax) Sala D212
Blog: http://orientaiseeslavas.blogspot.com/
Blog: http://estudosarabesufrj.blogspot.com/
Língua Hebraica: http://linguahebraica.blogspot.com/
Estudos Judaicos: http://estudosjudaicos.blogspot.com/
Estudos Bíblicos: http://panoramabiblico.blogspot.com/
História das Religiões e Religiosidades: http://religioesereligiosidades.blogspot.com/
Mais informações entre no site da Faculdade de Letras: http://letras.ufrj.br/
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Homenagem à professora Bella Jozef
Dia 1 de dezembro, às 17 horas, o PEN Clube do Brasil, Associação
Internacional de Escritores, que teve a professora Bella Jozef como
Vice-Presidente, prestará homenagem à querida mestra.
A homenagem contará com a presença dos acadêmicos da ABL Cícero Sandroni e Geraldo Holanda Cavalcanti, a
professora Helena Ferreira, o presidente do PEN Cláudio Murilo Leal e
pessoas que se apresentarão trazendo mensagens de saudade
pelo falecimento de Bella.
Local: Praia do Flamengo 172, 11 andar. Tel. 25560461.
A crítica literária e professora Bella Jozef faleceu no dia 10 de novembro de 2010, no bairro do Flamengo. E todos nós, alunos, professores e funcionários da UFRJ, homenagearemos este ícone da Faculdade de Letras.
Bella Jozef era professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro e uma conceituada crítica literária. A professora era uma das maiores especialistas na obra de Jorge Luiz Borges.
Entre seus livros, destaque para Poesia Argentina - 1940-1960; História da Literatura Hispano-Americana; e Diálogos Oblíquos: Entrevistas a Bella Jozef. Ela também foi fundadora e presidente por seis mandatos da Associação de Professores de Espanhol do Rio de Janeiro (Apeerj).
No dia 11 de novembro de 2010 foi lançado um último livro organizado pela professora: "Escritos sobre Gabriel García Márquez" (Ed. UFRJ), que é uma reunião de ensaios sobre o escritor feitos por pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
A República das Letras e a República nas Letras
Na mesa: Antonio Carlos Secchin, Eleonora Ziller e Eucanaã Ferraz
O evento “A REPÚBLICA DAS LETRAS E A REPÚBLICA NAS LETRAS” que aconteceu no auditório G-1 teve no seu terceiro e último dia (30/09) a presença de Antônio Carlos Secchin e de Eucanaã Ferraz. O Antônio Carlos Secchin para quem ainda não conhece é membro da Academia Brasileira de Letras, professor doutor da Faculdade de Letras - UFRJ, escritor e poeta. Eucanaã Ferraz é professor doutor da Faculdade de Letras - UFRJ, além de ser também escritor e poeta. A diretora da Faculdade, Eleonora Ziller, foi quem fez a intermediação entre os dois.
90 anos de UFRJ, 20 anos sem Prestes
7 de março de 1990: aqui perdíamos o Cavaleiro da Esperança. Todavia, para tal condecoração, o Cavaleiro talvez preferisse ser lembrado como homem, sem mistificação. Talvez se sentisse em casa. O Brasil como uma grande relva com a qual pudesse deleitar todos os seus desejos mais revolucionários que, apesar de aturdidos pelas ditas duras do coração de gente ruim, pode acompanhar as lágrimas de esperança que choviam quando o sentido-volver de Figueiredo cambiava em sílabas utópicas que cabiam nos dedos da mão: De-mo-cra-ci-a.
Para a comemoração de 90 anos da UFRJ, no dia 20 de setembro prestou-se homenagens a Luís Carlos Prestes com a honorável presença de sua filha, Anita Leocádia Pestes. O seminário que ocorreu na Faculdade de Letras ainda contou com a participação do Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná, Sérgio Soares Braga e com a mediação da Diretora da Faculdade de Letras Eleonora Ziller. A discussão resgatou o debate da obra de Prestes para a realidade da política brasileira bem como sua representação para todos os processos revolucionários que aqui se investiu. Também se adiantou o debate sobre a necessidade da reflexão nas próximas eleições, diante das decepções políticas da atualidade e ainda se comentou sobre a disparidade entre a intelectualidade política que compunha o parlamento na década de 40 e do grupo de políticos "desintelectualizados" que se candidatam, atualmente, apenas para angariar votos para o partido.
Para esta homenagem, Anita Leocádia Prestes redigiu um texto que segue a seguir, para a memória de seu pai:
Para a comemoração de 90 anos da UFRJ, no dia 20 de setembro prestou-se homenagens a Luís Carlos Prestes com a honorável presença de sua filha, Anita Leocádia Pestes. O seminário que ocorreu na Faculdade de Letras ainda contou com a participação do Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná, Sérgio Soares Braga e com a mediação da Diretora da Faculdade de Letras Eleonora Ziller. A discussão resgatou o debate da obra de Prestes para a realidade da política brasileira bem como sua representação para todos os processos revolucionários que aqui se investiu. Também se adiantou o debate sobre a necessidade da reflexão nas próximas eleições, diante das decepções políticas da atualidade e ainda se comentou sobre a disparidade entre a intelectualidade política que compunha o parlamento na década de 40 e do grupo de políticos "desintelectualizados" que se candidatam, atualmente, apenas para angariar votos para o partido.
Para esta homenagem, Anita Leocádia Prestes redigiu um texto que segue a seguir, para a memória de seu pai:
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Espero a compreensão e conto com a presença de todos.
Lançamento do livro de Jimmy Charles (adiado)
Caros amigos:
Informo-lhes que, por motivo de força maior, o lançamento dos livros Contrabismo, de Jimmy Charles Mendes e Memórias: o imenso esquecimento, de Diego Braga, foi ADIADO para o dia 5 DE NOVEMBRO. O horário (a partir das 17 horas) e o local (Livraria Arlequim, no Museu do Paço Imperial) estão mantidos.Espero a compreensão e conto com a presença de todos.
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O Grupo de Pesquisa LIEDH (Linguagem e Discursos da História), vinculado ao Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguistica Aplicada e credenciado junto à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro expôs neste dia 01 de setembro às 11 horas no auditório G-2 a palestra intitulada “A LÍNGUA DE HÉRCULES – força e eloqüência no Brasil colonial” organizada pela Profª Drª Luciana Villa-Boas, do Departamento de Letras Anglo-Germânicas. Estavam presentes a mesa o Profº Dr. Luiz Montez, coordenador do grupo, a Profª Drª Aurora Neiva, chefe do Departamento de Letras Anglo-Germânicas, o Profº Dr. Roberto Rocha, do setor de inglês e a Profª Drª Eleonora Ziller, Diretora da Faculdade de Letras. A Profª DrªAna Thereza Vieira, do setor de latim é a co-coordenadora do grupo e também estava presente. O Profº Luiz Montez fez a abertura do evento e explicou primeiramente o que seria esse Grupo de Pesquisa. O LIEDH é um núcleo universitário que congrega professores e estudantes voltados para a pesquisa do uso da linguagem em contextos historiográficos. Disse que o Grupo de Pesquisa existe de fato desde agosto de 2009 e fica localizado na sala F-328, mas ainda não havia sido divulgado oficialmente na Faculdade de Letras.
A prof.ª Luciana agradece ao convite e apresenta a sua pesquisa. A reconceitualização da colonização, o contato entre europeus e nativos. Começa falando do período do séc. XVI. Fala que a língua é um órgão autônomo, é política, é formada por metáforas. A pesquisadora mostra uma imagem de Hércules em que a língua dele se transforma numa corrente que aprisiona as pessoas a sua volta. A língua não só subjuga homens como os prende através das palavras, fisicamente. Mostra que a eloquência das palavras é melhor do que uma fortaleza para prender as pessoas. Hércules seria um orador bélico ou um soldado eloquente? Hércules “prende” as pessoas pelo uso das palavras e não pelo uso de sua força física. Homens se tornam governáveis através das palavras.
Falou também da importância da língua na formação de Estado-Nação. Através da língua é possível controlar e mover nações. Como entender a língua além-mar? A ampliação do conceito semântico e o uso de metáforas. O conceito não esgota sua determinação semântica. Estratégias da coroa-portuguesa para fazer se representar além-mar, como as azulejarias.
No final da palestra a pesquisadora fez referência a alguns autores e obras para quem quiser saber mais sobre o assunto. Entre os mencionados estão: Reinhardt Koselleck - Crítica e Crise; Niklas Luhmann - Amor paixão; e Hans Blumenberg - Paradigmas para uma metaforologia.
Se quiser saber mais sobre o Grupo de Pesquisa acesse o site www.letras.ufrj.br/liedh.
A LÍNGUA DE HÉRCULES – força e eloqüência no Brasil colonial
O Grupo de Pesquisa LIEDH (Linguagem e Discursos da História), vinculado ao Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguistica Aplicada e credenciado junto à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro expôs neste dia 01 de setembro às 11 horas no auditório G-2 a palestra intitulada “A LÍNGUA DE HÉRCULES – força e eloqüência no Brasil colonial” organizada pela Profª Drª Luciana Villa-Boas, do Departamento de Letras Anglo-Germânicas. Estavam presentes a mesa o Profº Dr. Luiz Montez, coordenador do grupo, a Profª Drª Aurora Neiva, chefe do Departamento de Letras Anglo-Germânicas, o Profº Dr. Roberto Rocha, do setor de inglês e a Profª Drª Eleonora Ziller, Diretora da Faculdade de Letras. A Profª DrªAna Thereza Vieira, do setor de latim é a co-coordenadora do grupo e também estava presente. O Profº Luiz Montez fez a abertura do evento e explicou primeiramente o que seria esse Grupo de Pesquisa. O LIEDH é um núcleo universitário que congrega professores e estudantes voltados para a pesquisa do uso da linguagem em contextos historiográficos. Disse que o Grupo de Pesquisa existe de fato desde agosto de 2009 e fica localizado na sala F-328, mas ainda não havia sido divulgado oficialmente na Faculdade de Letras.
A prof.ª Luciana agradece ao convite e apresenta a sua pesquisa. A reconceitualização da colonização, o contato entre europeus e nativos. Começa falando do período do séc. XVI. Fala que a língua é um órgão autônomo, é política, é formada por metáforas. A pesquisadora mostra uma imagem de Hércules em que a língua dele se transforma numa corrente que aprisiona as pessoas a sua volta. A língua não só subjuga homens como os prende através das palavras, fisicamente. Mostra que a eloquência das palavras é melhor do que uma fortaleza para prender as pessoas. Hércules seria um orador bélico ou um soldado eloquente? Hércules “prende” as pessoas pelo uso das palavras e não pelo uso de sua força física. Homens se tornam governáveis através das palavras.
Falou também da importância da língua na formação de Estado-Nação. Através da língua é possível controlar e mover nações. Como entender a língua além-mar? A ampliação do conceito semântico e o uso de metáforas. O conceito não esgota sua determinação semântica. Estratégias da coroa-portuguesa para fazer se representar além-mar, como as azulejarias.
No final da palestra a pesquisadora fez referência a alguns autores e obras para quem quiser saber mais sobre o assunto. Entre os mencionados estão: Reinhardt Koselleck - Crítica e Crise; Niklas Luhmann - Amor paixão; e Hans Blumenberg - Paradigmas para uma metaforologia.
Se quiser saber mais sobre o Grupo de Pesquisa acesse o site www.letras.ufrj.br/liedh.
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Lançamento do livro "Contrabismo", de Jimmy Charles Mendes e "Memórias: o imenso esquecimento" , de Diego Braga
Senhoras, senhores, senhoritas e afins:
Tenho a honra de convidá-los ao lançamento dos livros Contrabismo, de Jimmy Charles Mendes e Memórias: o imenso esquecimento , de Diego Braga. O evento, a princípio, ocorrerá no dia 6 de outubro, às 17:00 na Livraria Arlequim, localizada na Praça XV de Novembro, 48, loja 1 , no Paço Imperial (esquina com a Rua 1o de Março). Quaisquer alterações todos serão devidamente avisados.
Visitem: http://contrabismo.blogspot.com
Um grande abraço.
Tenho a honra de convidá-los ao lançamento dos livros Contrabismo, de Jimmy Charles Mendes e Memórias: o imenso esquecimento , de Diego Braga. O evento, a princípio, ocorrerá no dia 6 de outubro, às 17:00 na Livraria Arlequim, localizada na Praça XV de Novembro, 48, loja 1 , no Paço Imperial (esquina com a Rua 1o de Março). Quaisquer alterações todos serão devidamente avisados.
Visitem: http://contrabismo.blogspot.com
Um grande abraço.
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Oportunidade de estágio! |
Instituto Capacitare em parceria com empresa no ramo de educação em língua Inglesa busca estagiários (as) com o seguinte perfil: - Estar cursando do 3º ao 7º período dos seguintes cursos: Letras Português/Inglês, Letras Português/Literatura ou Letras Inglês/Literatura -Imprescindível ter inglês Avançado ou Fluente (será aplicado teste na avaliação); - Disponibilidade para estagiar 4hs/dia; - Bom relacionamento interpessoal, dinamismo, responsabilidade complementam o perfil. Local de estágio: Rio de Janeiro Atividades: Auxílio junto aos professores nas aulas de reforço para os alunos do curso, prestar monitoria aos alunos, e demais atividades ligadas à área. A Empresa oferece: Bolsa auxílio + VT + Bolsa de estudo de 100% em curso de inglês SOMENTE interessados dentro do perfil, mandar currículo atualizado para fernanda@institutocapacitare.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo Favor colocar no Assunto: Monitoria Também podem entrar em contato através do telefone (21) 3385-4848 - Ramal 15 Falar com Fernanda Demais estudantes fora do perfil, podem fazer cadastro através do site www.institutocapacitare.com.br e ter acesso às outras vagas. Boa sorte a todos! Equipe de Recrutamento e Seleção |
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Lançamento:
No último dia 26 de agosto, o crítico literário, teórico da literatura, Luiz Costa Lima lançou o livro "uma obra em questão" pela Editora Garamond trazendo uma série de entrevistas sobre a sua obra, feitas por renomados professores e críticos literários como Gustavo Bernardo, Ivo Barbieri, Eduardo Sterzi, Hans Ulrich Gumbrecht, Vera Lins, entre outros. O evento aconteceu na Livraria da Travesa, de Ipanema, na Rua Visconde de Pirajá, 572, as 7 horas da noite. O livro teve a organização do professor da UFRJ e escritor Dau Bastos, sendo lançado em uma noite comandada por vários convidados ilustres. Entre eles estiveram os professores de literatura Godofredo, Martha Alkimin e Maria Lúcia, da UFRJ, e Ítalo Moriconi, professor e autor do livro "Os melhores contos do século XX", da UERJ. Sem contar é claro com uma magnífica e sensível apresentação dos músicos Alex Moraes, no violão, e Daniel Garcia, no saxofone, que abrilhantaram ainda mais a noite de autógrafos através de belas composições instrumentais.
Luiz Costa Lima além de crítico literário e teórico da literatura também é professor doutor de literatura da PUC, tendo tido como orientador de sua tese de doutorado nada mais, nada menos que Antônio Cândido. Costa Lima Foi estruturalista, mas desde a 2ª metade da década de 70 trabalha com o paradigma teórico da estética da recepção. Essa influência do paradigma teórico da estética da recepção vem dos autores alemães Gumbrecht e Iass. Entre algumas de suas obras consideradas mais importantes estão: "Lira e Antilira: Mário, Drummond e Cabral" lançada em 1968 pela Ed. Civilização Brasileira, "Mimésis e Modernidade" lançada em 1980 pela Ed. Graal e "Dispersa Demanda" lançada em 1981 pela Ed. Francisco Alves.
Texto: Henrique Mello
Texto: Henrique Mello
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Atenção, Alunos e Professores!
4a FEIRA - DIA 01/09/10 - ÀS 14:30 H,
REUNIÃO COM A EQUIPE DO ENSINA
FACULDADE DE LETRAS - SALA JOÃO DO RIO - TÉRREO
PRÓXIMO À COPIADORA
Aproveito a oportunidade para divulgar o Projeto Educacional ENSINA que envolverá alunos FORMANDOS 2010/2o e GRADUADOS (titulação mínima exigida para inscrição - BACHAREL), para atuarem como instrutores junto à Rede de Ensino, através da Secretaria Municipal.
O Programa já acontece em 13 outros Países, atingindo metas favoráveis na elevação de qualidade do ensino. A primeira turma selecionada (40 integrantes) receberá treinamento intensificado durante 02 meses (novembro e dezembro)e 22 meses de treinamento continuado, através de contrato de trabalho. No transcorrer do processo seletivo, será avaliada uma gama de quesitos teóricos e práticos, dinâmicas de grupo, levando em consideração não só CR do aluno, mas sua produção acadêmica, monitorias, bolsas de iniciação científica, bem como experiências em trabalhos comunitários; engajamento em projetos sociais; espírito de liderança e seu desejo de transformar, através da EDUCAÇÃO. Após várias etapas de processo, altamente seletivo, serão escolhidos, então, 40 ENSINAS. Estes, estarão preparados para iniciar o próximo ano letivo (fevereiro de 2011), atuando como instrutores e dando suporte às Escolas do Amanhã (ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL, RECONHECIDAS COMO AS PIORES: MAIOR DÉFICIT DE RENDIMENTO E ÍNDICE DE EVASÃO DE ALUNOS, NA FAIXA ETÁRIA ENTRE 10 A 14 ANOS = 6o a 9a ano do ensino fundamental).
A proposta é realmente promover uma mudança interna no aluno e no "PROFESSOR", preparando ambos para esta e outras questões sociais! Uma troca inesgotável!
Os ENSINAS serão remunerados, através de contrato de trabalho de 02 anos, salário compatível a R$2.400,00, mais vantagens de direito, conforme reza a CLT. Teremos então, a 1A TURMA DE ENSINAS DO RIO DE JANEIRO E DO BRASIL. Os efetivos estarão contratados por regime de 40 horas semanais, subdivididas em sala de aula, planejamento e participação em aulas de Sociologia, Pedagogia e afins. A idéia é propagar esta informação entre o maior de alunos e professores de todas as áreas de formação, pois o Programa pretende alcançar uma rede multidisciplinar de profissionais focando um novo olhar para a questão da EDUCAÇÃO.
Após o período de contrato, os profissionais terão a chance de recolocação no mercado de trabalho ou mesmo continuarem como ENSINAS, através de parcerias de várias EMPRESAS e INSTITUIÇÕES QUE JÁ APOIAM O PROJETO. (Estão elencadas no site).
A inscrição é gratuita, através do site: www.ensina.org.br contendo todo o material e o release do Projeto.
Na inscrição do candidato deve conter a referência de um Professor (carta de apresentação e/ou endosso de vínculo do aluno aos projetos de pesquisa) e do AGENTE ENSINA.
4a FEIRA - DIA 01/09/10 - ÀS 14:30 H,
REUNIÃO COM A EQUIPE DO ENSINA
FACULDADE DE LETRAS - SALA JOÃO DO RIO - TÉRREO
PRÓXIMO À COPIADORA
Aproveito a oportunidade para divulgar o Projeto Educacional ENSINA que envolverá alunos FORMANDOS 2010/2o e GRADUADOS (titulação mínima exigida para inscrição - BACHAREL), para atuarem como instrutores junto à Rede de Ensino, através da Secretaria Municipal.
O Programa já acontece em 13 outros Países, atingindo metas favoráveis na elevação de qualidade do ensino. A primeira turma selecionada (40 integrantes) receberá treinamento intensificado durante 02 meses (novembro e dezembro)e 22 meses de treinamento continuado, através de contrato de trabalho. No transcorrer do processo seletivo, será avaliada uma gama de quesitos teóricos e práticos, dinâmicas de grupo, levando em consideração não só CR do aluno, mas sua produção acadêmica, monitorias, bolsas de iniciação científica, bem como experiências em trabalhos comunitários; engajamento em projetos sociais; espírito de liderança e seu desejo de transformar, através da EDUCAÇÃO. Após várias etapas de processo, altamente seletivo, serão escolhidos, então, 40 ENSINAS. Estes, estarão preparados para iniciar o próximo ano letivo (fevereiro de 2011), atuando como instrutores e dando suporte às Escolas do Amanhã (ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL, RECONHECIDAS COMO AS PIORES: MAIOR DÉFICIT DE RENDIMENTO E ÍNDICE DE EVASÃO DE ALUNOS, NA FAIXA ETÁRIA ENTRE 10 A 14 ANOS = 6o a 9a ano do ensino fundamental).
A proposta é realmente promover uma mudança interna no aluno e no "PROFESSOR", preparando ambos para esta e outras questões sociais! Uma troca inesgotável!
Os ENSINAS serão remunerados, através de contrato de trabalho de 02 anos, salário compatível a R$2.400,00, mais vantagens de direito, conforme reza a CLT. Teremos então, a 1A TURMA DE ENSINAS DO RIO DE JANEIRO E DO BRASIL. Os efetivos estarão contratados por regime de 40 horas semanais, subdivididas em sala de aula, planejamento e participação em aulas de Sociologia, Pedagogia e afins. A idéia é propagar esta informação entre o maior de alunos e professores de todas as áreas de formação, pois o Programa pretende alcançar uma rede multidisciplinar de profissionais focando um novo olhar para a questão da EDUCAÇÃO.
Após o período de contrato, os profissionais terão a chance de recolocação no mercado de trabalho ou mesmo continuarem como ENSINAS, através de parcerias de várias EMPRESAS e INSTITUIÇÕES QUE JÁ APOIAM O PROJETO. (Estão elencadas no site).
A inscrição é gratuita, através do site: www.ensina.org.br contendo todo o material e o release do Projeto.
Na inscrição do candidato deve conter a referência de um Professor (carta de apresentação e/ou endosso de vínculo do aluno aos projetos de pesquisa) e do AGENTE ENSINA.
Texto: ângela Gaudino
II Ciclo de Integração Administrativa UFRJ
A Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3) promoveu, de 24 a 26 de agosto, das 13h às 17h, o II Ciclo de Integração Administrativa da UFRJ, no auditório G1 da Faculdade de Letras. O evento teve como objetivo tratar da influência que a gestão pública exerce sobre a gestão acadêmica.
Texto: Phelipe Fernandes
A faculdade de Letras foi a escolhida para sediar este evento de grande importância que reuniu dirigentes máximos das diversas Unidades Acadêmicas da UFRJ discutindo a integração e diálogo entre os órgãos de controle interno e controle externo, ressaltando ainda a facilitação da tramitação processual. Há dois textos normativos que foram trazidos para discussão neste Ciclo e devem ser consultados para demais dúvidas. O primeiro corresponde a Lei Nº 9.784 , de 29 de Janeiro de 1999, que poderá ser encontrada no site do Planalto no seguinte endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L9784.htm; e a Portaria do Reitor que segue abaixo:
PORTARIA Nº 3554, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2007*
O Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no uso das atribuições legais, amparadas nos arts. 37, caput da Constituição Federal, combinado com o art. 4º, parágrafos 1º e 2º da Lei nº 9.028 de 12.04.1995, tendo em vista o interesse da Administração Pública, resolve:
Art. 1º Os processo administrativos que tramitam nesta Universidade terão o seguinte regramento:
I - em se tratando do mesmo assunto, parte interessada, ou licitação, deverá existir apenas um número de processo administrativo;
II - no início ou término de cada volume, deverá constar nos autos um termo de abertura ou de encerramento.
Art. 2º Nos processos administrativos atualmente em tramitação, existindo identidade de parte ou mesmo objeto, deverão todos correr apensados, além de constar dos autos os respectivos termos de apensamento.
O Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no uso das atribuições legais, amparadas nos arts. 37, caput da Constituição Federal, combinado com o art. 4º, parágrafos 1º e 2º da Lei nº 9.028 de 12.04.1995, tendo em vista o interesse da Administração Pública, resolve:
Art. 1º Os processo administrativos que tramitam nesta Universidade terão o seguinte regramento:
I - em se tratando do mesmo assunto, parte interessada, ou licitação, deverá existir apenas um número de processo administrativo;
II - no início ou término de cada volume, deverá constar nos autos um termo de abertura ou de encerramento.
Art. 2º Nos processos administrativos atualmente em tramitação, existindo identidade de parte ou mesmo objeto, deverão todos correr apensados, além de constar dos autos os respectivos termos de apensamento.
*Esta Portaria foi publicada no Boletim da UFRJ no dia 3 de Janeiro de 2008 e pode ser encontrada no seguinte endereço virtual http://www.ufrj.br/docs/boletim/2008/01-2008.pdf
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Encontro com as escritoras
No dia 26 de agosto de 2010 a faculdade de Letras da UFRJ estreou o evento “Encontro com as escritoras” que teve Ana Paula Maia, a autora de O habitante das falhas subterrâneas (7LETRAS, 2003); A guerra dos bastardos (Língua Geral, 2007); Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos (Record, 2009), como primeira convidada. A escritora Ana Paula compartilhou com a comunidade sua experiência como iniciante no universo literário, falou sobre suas obras, seu estilo e compartilhou com os estudantes da faculdade a importância de acreditar em seus objetivos, relatando as dificuldades que enfrentou para publicar sua primeira obra e principalmente a realização alcançada por não ter desistido.
Arrojo, inconformismo e muito estilo são características da literatura de Ana Paula Maia. Uma mulher que escreve com uma voz masculina e mancha o papel com a violência dos meninos que povoam seu imaginário, seu texto é ácido e possui um humor negro, como ela o considera. A obra arrasta o leitor para o lado avesso do cotidiano, para os lugares que poucos gostam de freqüentar, porém lugares existentes.
Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Mulher Na Literatura (NIELM) é um grupo de pesquisa sediado na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O NIELM foi fundado em 1993 pelas professoras Angélica Soares (Ciência da Literatura, UFRJ), Elódia Xavier (Letras Vernáculas, UFRJ), Helena Parente Cunha (Ciência da Literatura, UFRJ), Lúcia Helena (atualmente, UFF), Luiza Lobo (Ciência da Literatura, UFRJ) e Rosa Maria de Carvalho Gens (Letras Vernáculas, UFRJ).
O NIELM está vinculado a todos os projetos e fóruns que privilegiem o tema básico "Mulher e Literatura”. O evento compartilhou com a faculdade a verdadeira importância do tema básico do NIELM.
Texto: Jaqueline Oliveira/ Foto: Isabelle Saint Martin
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8ª Edição da FLIP
Foto: Isabelle Saint Martin
Mesa 1: Identificando o literário em Gilberto Freyre
A Mesa sobre a obra de Gilberto Freyre conta com a participação ilustre de Moacyr Scliar, Ricardo Benzaquen e Edson Nery da Fonseca, sob a mediação de Angel Gurria-Quintana. Com diferentes visões sobre a obra de Freyre, os autores, de forma geral, exaltaram a importância da obra para a compreensão do povo brasileiro.
No primeiro momento, Scliar comenta alguns deslizes cometidos pelo autor de Casa
Grande & Senzala como seu costume de fazer generalizações, ou, numa expressão mais usual, "cagar regras". Critica ainda a forma caricata com que o autor trata os judeus.
Em contrapartida indica a abordagem desburocratizada ou, como disse Scliar, livre
de "tabelas ou gráficos", revelando uma abordagem mais informal e próxima a um
público maior, uma inovação na área da sociologia.
O professor Ricardo Benzaquen ressalta o caráter ensaístico na obra de Freyre,
fazendo um paralelo com a composição tradicional do ensaio (em Montaigne) e com
a composição ensaística no Brasil (como em Paulo Prado e Mário de Andrade). Já o
professor Edson Nery da Fonseca foca no trabalho poético de Freyre, destacando duas
ferramentas que ele utilizou em sua criação: o imagismo, influenciado por Amy Lowell, e a enumeração caótica, por influência de Vachel Lindsay. Por fim, o professor fez uma belíssima interpretação do poema ”Bahia de Todos os Santos” e de quase todos os pecados escrito por Freyre em 1962.
Texto: Phelipe Fernandes

Mesa 2: De frente pro crime com Lionel Shriver e Patrícia Melo.
Na mesa “De frente pro crime” com a mediação de Arnaldo Bloch, as escritoras Lionel Shriver e Patrícia Melo discutiram sobre a arte do suspense psicológico que ambas abordam em suas obras. As autoras não falaram sobre sua vida pessoal, apesar de Shriver declarar que utiliza seus dilemas para ganhar dinheiro, escrevendo seus livros para resolver seus próprios conflitos. Já Melo cria suas obras baseando-se nas escolhas imutáveis que suas personagens são obrigadas a tomar, como uma forma de fugir das responsabilidades e escolhas de sua própria vida.
Lionel Shriver fez comentários na esfera de sua obra “Precisamos falar sobre Kevin” que retrata o incidente de uma família da sociedade americana a lidar com Kevin, um filho homicida. Shriver ressaltou que, apesar de tudo, ela nunca enxergou Kevin com uma figura de essência ‘má’ e que os leitores deveriam lembrar que no romance, tudo é contado através dos olhos e da memória da mãe.Ao falar sobre a obra “Precisamos falar sobre Kevin” Patrícia Melo fez citações sobre a experiência de mãe e filho em sua vida. Para ela a maternidade se resume muito além do “dar sem querer nada em troca”, relacionando-se com a idéia de insegurança por parte da mãe, algo bastante vivenciado na obra de Shriver.
Outros livros das escritoras seriam “O mundo pós-aniversário” de Lionel Shriver e o mais recente de Patrícia Melo, “De cadáveres”.
Texto: Jorge Alison da Silva

Mesa 4: A exuberante e agradável presença de Isabel Allende na FLIP
A escritora participou da mesa 4, com o tema “Veias Abertas”, referência a um livro do uruguaio Eduardo Galeano.
Isabel Allende iluminou a sala na quinta-feira do dia 5, na FLIP. Com seu jeito
desinibido e bem-humorado, tratou com elegância e humor de todas as perguntas feitas
pelo jornalista Humberto Werneck. Na entrevista que mescla perguntas superficiais
sobre seu trabalho e vida pessoal, ela responde a tudo, sempre direta e simpática.
A escritora, que tem a rotina de sempre começar um livro no dia 8 de Janeiro, afirma que todos seus livros começam ruins: “Começo pensando que vai sair uma porcaria, porque se imaginar que vou fazer uma obra-prima posso ficar paralisada”, e diz que sempre está inventando novos erros. E dá uma dica aos futuros escritores, que “escrevam como um esportista, sempre praticando até atingir a perfeição”.
Quando perguntada se buscava cada vez mais a perfeição no momento de criação
de novos livros, responde, de forma bem direta: “Creio que essa exigência vem dos
críticos, e não de mim, por conta de minha experiência” e diz que, para criação, ela
busca o auto-exílio, afirmando que “estar no olho do furacão não é nada bom”.
A entrevista é finalizada com comentários de sua vida pessoal e com a descrição de uma Isabel velhinha, que, segundo ela, vai ser: “louca, com brilhantes pelo corpo e cabelo – e a liberdade interior de minha mãe” e que não existe velhice, graças ao Ivo Pitanguy - resposta bem-humorada diante da pergunta indelicada e mal feita do entrevistador sobre as suas expectativas sobre a meia-idade. Durante o encerramento, pediu que colocasse as luzes na platéia, para que pudesse ver os rostos donos dos aplausos e acenou, cordialmente. E, no lado de fora, deixou um mar de rostos femininos sorridentes.
Texto: Marcelle Saint Martin
Mesa 5: Do início dos livros impressos às bibliotecas digitais: uma discussão com Peter Burke e Robert Darnton.
No primeiro dia, o historiador e diretor da biblioteca de Harvard, Robert Darnton, e o também historiador Peter Burke falaram sobre a história dos livros.
Na conversa do primeiro dia, uma espécie de introdução ao assunto, falou-se da literatura pornográfica francesa, do século XVIII, da história das enciclopédias citando a Wikipedia, elogiada por Burke, além de um painel sobre a história dos direitos autorais.
O segundo debate envolveu mais o público. Foi importante, o depoimento de Darnton, à frente do projeto de digitalização da biblioteca de Harvard. Segundo ele, o Google está longe de ser o parceiro ideal para a
difusão do acervo. “Admiro o Google, e é ótimo que eles tenham digitalizados dois milhões de livros, todos de domínio público. Mas eles queriam digitalizar bibliotecas como a de Harvard, de graça, e cobrar pelo acesso aos livros. Seria o monopólio do conhecimento”, disse Darnton, aplaudido pelo público.
Outra discussão relevante, mas tocada apenas superficialmente, foi o debate sobre o formato dos arquivos digitais, e o risco de se perder o conhecimento produzido por anos apenas porque o formato ficou obsoleto.Darnton fechou a palestra dizendo: “Já tivemos o anúncio da morte do livro, da morte do autor e agora da morte da biblioteca. Acho que não acredito mais na morte”.
Texto: Iaci

Mesa 11: Terry Eagleton na FLIP
Os que conhecem seu vocabulário radical e suas análises de olhar clínico e cientificamente periciais, não apreciariam menos de Terry Eagleton na Flip de 2010. Em sua primeira visita à América Latina o crítico britânico mantém uma posição contra o racionalismo veemente de certos autores modernos. Estranha o fato de a discussão sobre Deus estar tão acalorada já que o que deveria estar acontecendo é uma espécie de mundo "pós-metafísico" ou "pós-religioso".
Para tal discussão, Eagleton recorre a um evento histórico, fruto do belicoso antipacifismo estadunidense: o assassinato do presidente chileno Salvador Allende em 11 de setembro de 1973. E qual seria a relação desse evento com o que tem sido pregado por alguns autores ateus de nosso tempo? O preconceito cultural disfarçado de um neo-iluminismo. E para justificar sua depuração, Eagleton pilheria com as (des) conjunções categóricas enunciadas por um conhecido biólogo: "Richard Dawkins realmente acredita que crer em Deus é como crer em alienígenas ou no Pé-Grande"; e por seu conterrâneo Christopher Hitchens, que afirma que "a religião é uma coisa nojenta.". Eagleton ressalta a complexidade sobre o assunto e nos incita a discutí-lo.
O autor de " Reason, Faith, and Revolution: Reflections on the God Debate"(publicação britânica em 2009, sem previsão no Brasil), embora afirme que "prenderia o Papa no momento que ele chegasse na Inglaterra", não deixa de lado a influência do Cristo em sua formação pessoal, tal como para a criação de uma sociedade mais justa. No final da Mesa, Eagleton profere uma frase antológica para nosso tempo: "Estamos vivendo um período de excesso de crença e falta de crença. Mas há esperança, pois há pessoas (como eu mesmo) que estão no meio."
Texto: Phelipe Fernandes
Mesa 13: Tributo ao grande poeta
A mesa “Alguma poesia” foi tomada por uma boa dose de Literatura, no sábado, dia
7. Homenagem ao grande Carlos Drummond de Andrade, que consegue manter-se
surpreendentemente contemporâneo na nossa geração, estando sempre vivo, como disse
Eucanaã Ferraz, no dia do evento.
Ocorreu a leitura de seu primeiro livro de poemas “Alguma poesia”, que completa
80 anos de publicação em 2010. De uma forma alternada, os poemas foram muito
bem declamados por quatro poetas de prestígio: Ferreira Gullar, Antonio Cicero,
Chacal e Eucanaã Ferraz, que foi quem organizou esta comemoração. Estes leram
todos os poemas que compõem o livro, incluindo os clássicos “No meio do caminho”
e “Quadrilha”. Foi uma bela homenagem a este grande nome da Literatura Brasileira e
teve um grande número de espectadores tanto dentro das tentas, como no lado de fora,
para aqueles que não conseguiram entrar para assistir a mesa.
O livro “Alguma poesia” foi escrito ao clima da modernidade de 1922, trabalhando a questão do poema-piada, utilizando na estética de seus poemas o coloquialismo e as
características modernistas, indo contra as tendências parnasiano-simbolista, que eram o foco e domínio da poesia naquela época. Na verdade, o poema-piada de Drummond
era uma forma de desabafo através do humor e da ironia, deixando entre linhas,
sentimentos que o amarguravam. Aos que gostam de rotular, o livro foi escrito na sua 1° fase, das quatro, chamada “gauche”, que do francês, significa “esquerdo”, tendo como característica a sua reflexão existencial e seu desencanto em relação ao mundo.
Texto: Isabelle Saint Martin

Mesa 14:A grandiosidade de Ferreira Gullar na FLIP
Ferreira Gullar roubou a cena no fim da tarde de sábado, dia 7. Com seu jeito bem-humorado e sincero, a mesa foi levada por momentos de muitos risos e aplausos. O poeta, que participou da mesa anterior em homenagem ao Drummond, comentou a sua relação com ele, em sua palestra: “Como eu era um poeta parnasiano, que trabalhava com poemas idealizados, quando tive contato com as obras de Drummond me surpreendi. Dizia que não era poesia aquilo! Porém percebi que o que ele escrevia eram coisas do cotidiano e não tinha aquela visão do mundo idealizado. Passei a entender que aquilo tudo era uma nova poesia. Gostei daquilo e comecei a me adaptar. Drummond
via beleza nas coisas mais sórdidas”.
Gullar também contou sobre o seu lado artista. Antes de ser poeta, queria ser pintor. Entretanto, a poesia acabou tomando conta dele, despertou mais interesse. “Mas sobre poesia eu não penso, não reflito. Eu apenas faço. Penso muito mais em artes plásticas do que na poesia. A poesia é mais complexa. Sou um amante das artes plásticas. Posso dizer que hoje vou fazer um artigo para o jornal, mas um poema, não. É algo que nasce de situações do cotidiano, não chega a ser um milagre. Um galo cantando no quintal pode despertar o poeta. Não tem explicação", afirmou. Ele comentou sobre sua participação política e suas atuações. Contou que quando estava em Buenos Aires, durante o exílio, escreveu o seu poema mais famoso: o “Poema Sujo”. Escreveu em alguns meses. Porém, em um determinado momento, ele contou que a sua inspiração acabou. Até que um dia fez os últimos versos e mostrou à sua esposa, que gostou. O amigo, Vinícius de Moraes insistiu que Gullar lesse o poema e acabou se emocionando ouvindo, “o que não era muito difícil de acontecer”, afirmou Gullar. “Vinícius gravou o poema e trouxe para o Brasil, onde foi publicado em uma noite de autógrafos sem o autor", divertiu-se.
Além disso, comentou sobre as poesias concretas: “Eu queria fazer uma poesia que não tivesse nada estabelecido. Queria fazer uma poesia que nascesse com a linguagem. Só que ninguém entendia nada. Ao ter contato com o modernismo, passei a me adaptar. Quis destruir o discurso. Com isso surgia a poesia concreta, que na verdade deveria chamar-se abstrata!”, brincou. Gullar queria que sua poesia não fosse um produto, ou que não tivesse um vício de criação. Era uma busca de conseguir ser uma poesia essencial. “A poesia nasce do espanto. O poema nasce do imprevisível. É um estado de espírito. A arte nasce sem a gente saber, pois se souber, não tem mais graça. Daí não é arte.”
No final, ele agradece aos espectadores pelo carinho e disse que é bom escrever poesias. “Ninguém te obriga a fazer”, e afirmou brincando que é mentira quando o poeta diz que sofre ao fazer poemas. Ao ser aplaudido de pé por todos os presentes, Ferreira Gullar finalizou sua agradável palestra dizendo: “Fico feliz em saber que a poesia ainda
tem o poder de comover as pessoas.” Gullar, como sempre, grandioso em suas palavras tanto quanto em suas obras.
Texto: Isabelle Saint Martin
Fotos: http://www.flip.org.br
A Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP) de 2010, que aconteceu entre os dias 4 e 8 de Agosto foi marcada por polêmicas e homenagens e a Equipe de Comunicação da Faculdade de Letras foi a Paraty para cobrir o evento. Com a participação de 147 autores (como Ferreira Gullar, Isabel Allende, Azar Nafisi, Robert Crumb, Terry Eagleton, entre outros), sendo 21 deles estrangeiros, contou ainda com uma equipe de 300 prestadores de serviços e 400 voluntários (divulgação feita pelos organizadores).
Como divulgado amplamente pela imprensa, a 8° Edição da FLIP teve um número menor de pessoas que a de 2009. Entretanto, a cidade de Paraty ficou cheia de espectadores, em um grande clima cultural e com muita Literatura. “Toda vez que fazemos a Festa em agosto temos um pouco menos de público, e esse ano não foi diferente”, disse Mauro Munhoz, diretor geral do evento, durante uma conversa com a imprensa na tarde de domingo. O sociólogo Gilberto Freyre foi o homenageado principal do evento (110 anos de Gilberto Freyre), fazendo com que a programação desde ano fosse quase excessivamente em torno das Ciências Sociais e de muita polêmica em torno da abertura do evento, por conta da conferência de abertura proferida por Fernando Henrique. Porém, houve também homenagens a José Saramago e Carlos Drummond de Andrade, esta coordenada pelo professor e poeta Eucanaã Ferraz, que substituiu a a palestra de Lou Reed, que não pôde comparecer ao evento. Dois momentos altos da FLIP.
Além do grande evento das editoras, muita coisa importante acontece em torno da Flip. A cidade respira literatura, os eventos se multiplicam é há muito para ver e ouvir de graça. São nesses eventos que a participação da Letras se destaca. É uma atuação que se estende por todo o ano e não só durante a semana da FLIP. São várias palestras e oficinas oferecidas para os professores e alunos da rede pública de Paraty e para os moradores da cidade em geral. Vários professores da Faculdade - André Bueno, Martha Alkimim, Ana Alencar, Welington de Almeida – assim como doutorandos e estudantes de graduação, já estiveram por lá. Segundo Eleonora Ziller, que coordena o projeto, a idéia é “ampliar as atividades, consolidar a parceria com a Casa Azul e estabelecer um convênio que consolide todas essas iniciativas no âmbito da UFRJ”
Texto: Isabelle Saint Martin
A seguir, os resumos e momentos marcantes da FLIP e suas palestras:
A Mesa sobre a obra de Gilberto Freyre conta com a participação ilustre de Moacyr Scliar, Ricardo Benzaquen e Edson Nery da Fonseca, sob a mediação de Angel Gurria-Quintana. Com diferentes visões sobre a obra de Freyre, os autores, de forma geral, exaltaram a importância da obra para a compreensão do povo brasileiro.
No primeiro momento, Scliar comenta alguns deslizes cometidos pelo autor de Casa
Grande & Senzala como seu costume de fazer generalizações, ou, numa expressão mais usual, "cagar regras". Critica ainda a forma caricata com que o autor trata os judeus.
Em contrapartida indica a abordagem desburocratizada ou, como disse Scliar, livre
de "tabelas ou gráficos", revelando uma abordagem mais informal e próxima a um
público maior, uma inovação na área da sociologia.
O professor Ricardo Benzaquen ressalta o caráter ensaístico na obra de Freyre,
fazendo um paralelo com a composição tradicional do ensaio (em Montaigne) e com
a composição ensaística no Brasil (como em Paulo Prado e Mário de Andrade). Já o
professor Edson Nery da Fonseca foca no trabalho poético de Freyre, destacando duas
ferramentas que ele utilizou em sua criação: o imagismo, influenciado por Amy Lowell, e a enumeração caótica, por influência de Vachel Lindsay. Por fim, o professor fez uma belíssima interpretação do poema ”Bahia de Todos os Santos” e de quase todos os pecados escrito por Freyre em 1962.
Texto: Phelipe Fernandes

Na mesa “De frente pro crime” com a mediação de Arnaldo Bloch, as escritoras Lionel Shriver e Patrícia Melo discutiram sobre a arte do suspense psicológico que ambas abordam em suas obras. As autoras não falaram sobre sua vida pessoal, apesar de Shriver declarar que utiliza seus dilemas para ganhar dinheiro, escrevendo seus livros para resolver seus próprios conflitos. Já Melo cria suas obras baseando-se nas escolhas imutáveis que suas personagens são obrigadas a tomar, como uma forma de fugir das responsabilidades e escolhas de sua própria vida.
Lionel Shriver fez comentários na esfera de sua obra “Precisamos falar sobre Kevin” que retrata o incidente de uma família da sociedade americana a lidar com Kevin, um filho homicida. Shriver ressaltou que, apesar de tudo, ela nunca enxergou Kevin com uma figura de essência ‘má’ e que os leitores deveriam lembrar que no romance, tudo é contado através dos olhos e da memória da mãe.Ao falar sobre a obra “Precisamos falar sobre Kevin” Patrícia Melo fez citações sobre a experiência de mãe e filho em sua vida. Para ela a maternidade se resume muito além do “dar sem querer nada em troca”, relacionando-se com a idéia de insegurança por parte da mãe, algo bastante vivenciado na obra de Shriver.
Outros livros das escritoras seriam “O mundo pós-aniversário” de Lionel Shriver e o mais recente de Patrícia Melo, “De cadáveres”.
Texto: Jorge Alison da Silva

A escritora participou da mesa 4, com o tema “Veias Abertas”, referência a um livro do uruguaio Eduardo Galeano.
Isabel Allende iluminou a sala na quinta-feira do dia 5, na FLIP. Com seu jeito
desinibido e bem-humorado, tratou com elegância e humor de todas as perguntas feitas
pelo jornalista Humberto Werneck. Na entrevista que mescla perguntas superficiais
sobre seu trabalho e vida pessoal, ela responde a tudo, sempre direta e simpática.
A escritora, que tem a rotina de sempre começar um livro no dia 8 de Janeiro, afirma que todos seus livros começam ruins: “Começo pensando que vai sair uma porcaria, porque se imaginar que vou fazer uma obra-prima posso ficar paralisada”, e diz que sempre está inventando novos erros. E dá uma dica aos futuros escritores, que “escrevam como um esportista, sempre praticando até atingir a perfeição”.
Quando perguntada se buscava cada vez mais a perfeição no momento de criação
de novos livros, responde, de forma bem direta: “Creio que essa exigência vem dos
críticos, e não de mim, por conta de minha experiência” e diz que, para criação, ela
busca o auto-exílio, afirmando que “estar no olho do furacão não é nada bom”.
A entrevista é finalizada com comentários de sua vida pessoal e com a descrição de uma Isabel velhinha, que, segundo ela, vai ser: “louca, com brilhantes pelo corpo e cabelo – e a liberdade interior de minha mãe” e que não existe velhice, graças ao Ivo Pitanguy - resposta bem-humorada diante da pergunta indelicada e mal feita do entrevistador sobre as suas expectativas sobre a meia-idade. Durante o encerramento, pediu que colocasse as luzes na platéia, para que pudesse ver os rostos donos dos aplausos e acenou, cordialmente. E, no lado de fora, deixou um mar de rostos femininos sorridentes.
Texto: Marcelle Saint Martin
No primeiro dia, o historiador e diretor da biblioteca de Harvard, Robert Darnton, e o também historiador Peter Burke falaram sobre a história dos livros.
Na conversa do primeiro dia, uma espécie de introdução ao assunto, falou-se da literatura pornográfica francesa, do século XVIII, da história das enciclopédias citando a Wikipedia, elogiada por Burke, além de um painel sobre a história dos direitos autorais.
O segundo debate envolveu mais o público. Foi importante, o depoimento de Darnton, à frente do projeto de digitalização da biblioteca de Harvard. Segundo ele, o Google está longe de ser o parceiro ideal para a
difusão do acervo. “Admiro o Google, e é ótimo que eles tenham digitalizados dois milhões de livros, todos de domínio público. Mas eles queriam digitalizar bibliotecas como a de Harvard, de graça, e cobrar pelo acesso aos livros. Seria o monopólio do conhecimento”, disse Darnton, aplaudido pelo público.
Outra discussão relevante, mas tocada apenas superficialmente, foi o debate sobre o formato dos arquivos digitais, e o risco de se perder o conhecimento produzido por anos apenas porque o formato ficou obsoleto.Darnton fechou a palestra dizendo: “Já tivemos o anúncio da morte do livro, da morte do autor e agora da morte da biblioteca. Acho que não acredito mais na morte”.
Texto: Iaci

Mesa 11: Terry Eagleton na FLIP
Os que conhecem seu vocabulário radical e suas análises de olhar clínico e cientificamente periciais, não apreciariam menos de Terry Eagleton na Flip de 2010. Em sua primeira visita à América Latina o crítico britânico mantém uma posição contra o racionalismo veemente de certos autores modernos. Estranha o fato de a discussão sobre Deus estar tão acalorada já que o que deveria estar acontecendo é uma espécie de mundo "pós-metafísico" ou "pós-religioso".
Para tal discussão, Eagleton recorre a um evento histórico, fruto do belicoso antipacifismo estadunidense: o assassinato do presidente chileno Salvador Allende em 11 de setembro de 1973. E qual seria a relação desse evento com o que tem sido pregado por alguns autores ateus de nosso tempo? O preconceito cultural disfarçado de um neo-iluminismo. E para justificar sua depuração, Eagleton pilheria com as (des) conjunções categóricas enunciadas por um conhecido biólogo: "Richard Dawkins realmente acredita que crer em Deus é como crer em alienígenas ou no Pé-Grande"; e por seu conterrâneo Christopher Hitchens, que afirma que "a religião é uma coisa nojenta.". Eagleton ressalta a complexidade sobre o assunto e nos incita a discutí-lo.
O autor de " Reason, Faith, and Revolution: Reflections on the God Debate"(publicação britânica em 2009, sem previsão no Brasil), embora afirme que "prenderia o Papa no momento que ele chegasse na Inglaterra", não deixa de lado a influência do Cristo em sua formação pessoal, tal como para a criação de uma sociedade mais justa. No final da Mesa, Eagleton profere uma frase antológica para nosso tempo: "Estamos vivendo um período de excesso de crença e falta de crença. Mas há esperança, pois há pessoas (como eu mesmo) que estão no meio."
Texto: Phelipe Fernandes
A mesa “Alguma poesia” foi tomada por uma boa dose de Literatura, no sábado, dia
7. Homenagem ao grande Carlos Drummond de Andrade, que consegue manter-se
surpreendentemente contemporâneo na nossa geração, estando sempre vivo, como disse
Eucanaã Ferraz, no dia do evento.
Ocorreu a leitura de seu primeiro livro de poemas “Alguma poesia”, que completa
80 anos de publicação em 2010. De uma forma alternada, os poemas foram muito
bem declamados por quatro poetas de prestígio: Ferreira Gullar, Antonio Cicero,
Chacal e Eucanaã Ferraz, que foi quem organizou esta comemoração. Estes leram
todos os poemas que compõem o livro, incluindo os clássicos “No meio do caminho”
e “Quadrilha”. Foi uma bela homenagem a este grande nome da Literatura Brasileira e
teve um grande número de espectadores tanto dentro das tentas, como no lado de fora,
para aqueles que não conseguiram entrar para assistir a mesa.
O livro “Alguma poesia” foi escrito ao clima da modernidade de 1922, trabalhando a questão do poema-piada, utilizando na estética de seus poemas o coloquialismo e as
características modernistas, indo contra as tendências parnasiano-simbolista, que eram o foco e domínio da poesia naquela época. Na verdade, o poema-piada de Drummond
era uma forma de desabafo através do humor e da ironia, deixando entre linhas,
sentimentos que o amarguravam. Aos que gostam de rotular, o livro foi escrito na sua 1° fase, das quatro, chamada “gauche”, que do francês, significa “esquerdo”, tendo como característica a sua reflexão existencial e seu desencanto em relação ao mundo.
Texto: Isabelle Saint Martin

Ferreira Gullar roubou a cena no fim da tarde de sábado, dia 7. Com seu jeito bem-humorado e sincero, a mesa foi levada por momentos de muitos risos e aplausos. O poeta, que participou da mesa anterior em homenagem ao Drummond, comentou a sua relação com ele, em sua palestra: “Como eu era um poeta parnasiano, que trabalhava com poemas idealizados, quando tive contato com as obras de Drummond me surpreendi. Dizia que não era poesia aquilo! Porém percebi que o que ele escrevia eram coisas do cotidiano e não tinha aquela visão do mundo idealizado. Passei a entender que aquilo tudo era uma nova poesia. Gostei daquilo e comecei a me adaptar. Drummond
via beleza nas coisas mais sórdidas”.
Gullar também contou sobre o seu lado artista. Antes de ser poeta, queria ser pintor. Entretanto, a poesia acabou tomando conta dele, despertou mais interesse. “Mas sobre poesia eu não penso, não reflito. Eu apenas faço. Penso muito mais em artes plásticas do que na poesia. A poesia é mais complexa. Sou um amante das artes plásticas. Posso dizer que hoje vou fazer um artigo para o jornal, mas um poema, não. É algo que nasce de situações do cotidiano, não chega a ser um milagre. Um galo cantando no quintal pode despertar o poeta. Não tem explicação", afirmou. Ele comentou sobre sua participação política e suas atuações. Contou que quando estava em Buenos Aires, durante o exílio, escreveu o seu poema mais famoso: o “Poema Sujo”. Escreveu em alguns meses. Porém, em um determinado momento, ele contou que a sua inspiração acabou. Até que um dia fez os últimos versos e mostrou à sua esposa, que gostou. O amigo, Vinícius de Moraes insistiu que Gullar lesse o poema e acabou se emocionando ouvindo, “o que não era muito difícil de acontecer”, afirmou Gullar. “Vinícius gravou o poema e trouxe para o Brasil, onde foi publicado em uma noite de autógrafos sem o autor", divertiu-se.
Além disso, comentou sobre as poesias concretas: “Eu queria fazer uma poesia que não tivesse nada estabelecido. Queria fazer uma poesia que nascesse com a linguagem. Só que ninguém entendia nada. Ao ter contato com o modernismo, passei a me adaptar. Quis destruir o discurso. Com isso surgia a poesia concreta, que na verdade deveria chamar-se abstrata!”, brincou. Gullar queria que sua poesia não fosse um produto, ou que não tivesse um vício de criação. Era uma busca de conseguir ser uma poesia essencial. “A poesia nasce do espanto. O poema nasce do imprevisível. É um estado de espírito. A arte nasce sem a gente saber, pois se souber, não tem mais graça. Daí não é arte.”
No final, ele agradece aos espectadores pelo carinho e disse que é bom escrever poesias. “Ninguém te obriga a fazer”, e afirmou brincando que é mentira quando o poeta diz que sofre ao fazer poemas. Ao ser aplaudido de pé por todos os presentes, Ferreira Gullar finalizou sua agradável palestra dizendo: “Fico feliz em saber que a poesia ainda
tem o poder de comover as pessoas.” Gullar, como sempre, grandioso em suas palavras tanto quanto em suas obras.
Texto: Isabelle Saint Martin
Fotos: http://www.flip.org.br
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Avisos
O Departamento e o Programa de pós-graduação em Ciência da Literatura informam que terão em 14 de setembro de 2010 uma palestra do prof° Christopher Laferl da Universidade de Salzburg na Austria sobre: "As relações entre literatura, história e crítica literária" às 11 hs no auditório E3 da faculdade de Letras.
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Avisos
Cursos de Extensão 2010-2 O cronograma dos Cursos de Extensão do 2º semestre de 2010 já foram divulgados. Maiores informações no Setor de Extensão da Faculdade de Letras (Sala D-116) ou pelo telefone 2598-9708. O horário de atendimento é de 10hs às 16hs.
Confira os cursos oferecidos no site: www.letras.ufrj.br
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Administração Acadêmica
Biblioteca José de Alencar, um acervo de raridades
A biblioteca José de Alencar criada pelo professor Afrânio Coutinho no ano de 1969 é um dos setores mais visitados por estudantes, funcionários e professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A biblioteca é um centro de consulta e empréstimos de livros com mais de 185.768 títulos cadastrados.
Atualmente a biblioteca está passando por uma reforma organizacional. A bibliotecária-chefe, Cila Borges, listou uma série de resoluções que estão sendo discutidas para serem colocadas em prática, uma delas, é a catalogação de livros que ficam reservados no interior da biblioteca para serem expostos nas prateleiras e disponibilizados para os freqüentadores da biblioteca; a implantação do sistema ALEPH; renovação do sistema de refrigeração e da rede elétrica e o horário de funcionamento da biblioteca.
Para efetivar a tarefa de catalogação das obras é necessário um aumento no número de funcionários. Os livros são revisados e seus nomes são arquivados, dessa forma, é possibilitado o controle das obras que fazem parte do acervo.
A biblioteca já conta com a base Minerva que é um sistema de documentação de livros das bibliotecas de domínio da UFRJ. Porém, está em pauta a implantação de um sistema (ALEPH) que possibilite que o usuário faça a renovação de livros pela internet e verifique as transações registradas em seu cartão de usuário. Com isso, pretende-se diminuir o número de usuários inadimplentes que ao não renovar o empréstimo de livros tem que pagar uma multa pelo atraso na entrega. A multa atualmente é de R$ 0,50 por livro/dia, o usuário também pode quitar sua “dívida” sob a forma de doação de um livro na área de lingüística ou literatura.
A rede elétrica da biblioteca já é bastante antiga. Já houve a visitação de técnicos para avaliar a situação do sistema da rede de refrigeração e da rede elétrica, reuniões estão sendo realizadas para iniciar “um projeto de revitalização da Biblioteca e adequação às transformações acadêmicas que estão ocorrendo na UFRJ”, Paula Mello Coordenadora do SiBI.
A coordenadora do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI), Paula Mello, esclareceu que “ao SiBI compete a manutenção da Base Minerva, a capacitação de pessoal e a aquisição de material bibliográfico para as 42 bibliotecas, anualmente. Ainda, dentro de suas possibilidades orçamentárias, ajudar as bibliotecas e trabalhar em parceria com as unidades e decanias com vistas à melhorias nas bibliotecas. Melhorias como: novos computadores, investimentos em preservação das coleções( purificadores de ar, desumidificadores), aquisição de equipamentos especiais para empréstimo informatizado, equipamentos de segurança dos acervos, projetos de novos layouts e etc.”
Texto: Lidiane Marins
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Universidade
Hospital do Fundão
Quem fosse ao Hospital do Fundão, no dia 25 de junho, veria a cena desapontante que cobre o sistema público de saúde no Rio de Janeiro. O enxame de câmeras e repórteres assomava-se para registrá-la: pacientes, alguns de cadeira de rodas, deixavam o hospital com medo que ele desabasse. Para agravar a situação, na semana seguinte circulou um falso boato de tremores no décimo terceiro andar. Essas cenas geralmente resultavam em uma evacuação parcial de pacientes e funcionários. Mas os que fitavam olhares pessimistas sobre o edifício sexagenário surpreenderam-se. A estrutura médica parece não se abalar e o funcionamento se reestabilizou: o hospital do fundão opera normalmente desde o dia 7 de julho. E já nos adverte a assessora de imprensa, Valéria Vianna, sobre seu futuro: "Com a já confirmada demolição dos blocos conhecidos como "pernas secas", projetos para reestruturação do hospital tentarão inseri-lo na lista de edifícios modernos, com uma estrutura vertical atendendo aos parâmetros mais recentes de acessibilidade em instituições hospitalares. No entanto estamos diante de datas futuras, mas não imprevisíveis". Para confirmar o fôlego com que a ciência reage a todo resquício de política mal-feita, há algumas semanas foi divulgado nas mais diversas mídias sobre o menino Yago Bueno dos Santos, de seis anos de idade, vitimado por uma surdez causada por meningite, que implantou um ouvido biônico beneficiado pela assistência gratuita que o Hospital do Fundão vem oferecendo há décadas. Espera-se agora que os recursos prometidos pelo MEC, bem como os sete milhões de reais acordados para o HUCFF, sejam cumpridos com a urgência necessária para se atender a população que necessita dos serviços do hospital.
Texto: Phelipe Fernandes
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Cultura
Semana Cultural Samira Mesquita
A Semana Cultural Samira Mesquita, aconteceu entre os dias 25 e 27 de maio de 2010 e reuniu um pouco de muitas expressões artísticas: teatro, música, dança, exposições, artes plásticas, poesias e livros...
Logo pela manhã, os familiares e amigos participaram do plantio de árvores na Praça Samira Nahid Mesquita, que fica entre a Reitoria e a Faculdade de Letras.
Em seguida, houve uma Mesa-Redonda em homenagem à Samira com a participação de Munira, sua irmã, Evandro Mesquita, seu filho e dos professores Antonio Carlos Secchin, Marlene de Castro Correa, Edwaldo Cafezeiro e Eleonora Ziller.
O evento foi realizado na Reitoria com grande participação de alunos, funcionários e amigos da professora. A homenagem foi uma bela demonstração de carinho e admiração. Samira Nahid de Mesquita foi professora emérita da Faculdade de Letras e a primeira decana eleita na Universidade. À frente do CLA idealizou a Feira Cultural, promovendo uma grande interação cultural e acadêmica nas décadas de 80 e 90. Samira foi uma excepcional professora e a emoção deste reencontro, da comunidade da UFRJ com sua família, demonstrou o quanto ela ainda é querida e admirada após dezesseis anos de sua partida. Todos os participantes agradeceram a iniciativa da Decania e especialmente ao Superintendente de Extensão, José Mauro Albino, responsável pela organização do evento.
Fotos e Texto: Isabelle Saint Martin
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