A LÍNGUA DE HÉRCULES – força e eloqüência no Brasil colonial




O Grupo de Pesquisa LIEDH (Linguagem e Discursos da História), vinculado ao Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguistica Aplicada e credenciado junto à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro expôs neste dia 01 de setembro às 11 horas no auditório G-2 a palestra intitulada “A LÍNGUA DE HÉRCULES – força e eloqüência no Brasil colonial” organizada pela Profª Drª Luciana Villa-Boas, do Departamento de Letras Anglo-Germânicas. Estavam presentes a mesa o Profº Dr. Luiz Montez, coordenador do grupo, a Profª Drª Aurora Neiva, chefe do Departamento de Letras Anglo-Germânicas, o Profº Dr. Roberto Rocha, do setor de inglês e a Profª Drª Eleonora Ziller, Diretora da Faculdade de Letras. A Profª DrªAna Thereza Vieira, do setor de latim é a co-coordenadora do grupo e também estava presente. O Profº Luiz Montez fez a abertura do evento e explicou primeiramente o que seria esse Grupo de Pesquisa. O LIEDH é um núcleo universitário que congrega professores e estudantes voltados para a pesquisa do uso da linguagem em contextos historiográficos. Disse que o Grupo de Pesquisa existe de fato desde agosto de 2009 e fica localizado na sala F-328, mas ainda não havia sido divulgado oficialmente na Faculdade de Letras.
A prof.ª Luciana agradece ao convite e apresenta a sua pesquisa. A reconceitualização da colonização, o contato entre europeus e nativos. Começa falando do período do séc. XVI. Fala que a língua é um órgão autônomo, é política, é formada por metáforas. A pesquisadora mostra uma imagem de Hércules em que a língua dele se transforma numa corrente que aprisiona as pessoas a sua volta. A língua não só subjuga homens como os prende através das palavras, fisicamente. Mostra que a eloquência das palavras é melhor do que uma fortaleza para prender as pessoas. Hércules seria um orador bélico ou um soldado eloquente? Hércules “prende” as pessoas pelo uso das palavras e não pelo uso de sua força física. Homens se tornam governáveis através das palavras.
Falou também da importância da língua na formação de Estado-Nação. Através da língua é possível controlar e mover nações. Como entender a língua além-mar? A ampliação do conceito semântico e o uso de metáforas. O conceito não esgota sua determinação semântica. Estratégias da coroa-portuguesa para fazer se representar além-mar, como as azulejarias.
No final da palestra a pesquisadora fez referência a alguns autores e obras para quem quiser saber mais sobre o assunto. Entre os mencionados estão: Reinhardt Koselleck - Crítica e Crise; Niklas Luhmann - Amor paixão; e Hans Blumenberg - Paradigmas para uma metaforologia.

Se quiser saber mais sobre o Grupo de Pesquisa acesse o site www.letras.ufrj.br/liedh.

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