7 de março de 1990: aqui perdíamos o Cavaleiro da Esperança. Todavia, para tal condecoração, o Cavaleiro talvez preferisse ser lembrado como homem, sem mistificação. Talvez se sentisse em casa. O Brasil como uma grande relva com a qual pudesse deleitar todos os seus desejos mais revolucionários que, apesar de aturdidos pelas ditas duras do coração de gente ruim, pode acompanhar as lágrimas de esperança que choviam quando o sentido-volver de Figueiredo cambiava em sílabas utópicas que cabiam nos dedos da mão: De-mo-cra-ci-a.
Para a comemoração de 90 anos da UFRJ, no dia 20 de setembro prestou-se homenagens a Luís Carlos Prestes com a honorável presença de sua filha, Anita Leocádia Pestes. O seminário que ocorreu na Faculdade de Letras ainda contou com a participação do Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná, Sérgio Soares Braga e com a mediação da Diretora da Faculdade de Letras Eleonora Ziller. A discussão resgatou o debate da obra de Prestes para a realidade da política brasileira bem como sua representação para todos os processos revolucionários que aqui se investiu. Também se adiantou o debate sobre a necessidade da reflexão nas próximas eleições, diante das decepções políticas da atualidade e ainda se comentou sobre a disparidade entre a intelectualidade política que compunha o parlamento na década de 40 e do grupo de políticos "desintelectualizados" que se candidatam, atualmente, apenas para angariar votos para o partido.
Para esta homenagem, Anita Leocádia Prestes redigiu um texto que segue a seguir, para a memória de seu pai: